SOPRO

Se pudesse, hoje escreveria sem cor.
Transparente.
Sem o peso que cada palavra representa,
e que ao mesmo tempo me deixa mais leve.
Escreveria em tom de beija-flor, em tom de abelha,
libertando-me como quem beija,
perdendo o fôlego,
os sentidos,
a noção do espaço e do tempo e da razão.
Se pudesse, hoje voaria como o vento.
Transparente.
E invisível, visitaria todos os teus lugares.

Rosa do vale do rio

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