Assim, pouco a pouco, como o sopro do vento que lentamente leva cada folha.
Não com a tristeza da despedida, de quem nunca mais volta, mas com a certeza de um regresso breve, em que momentaneamente a primavera vive e as folhas voltam a verdejar.
Passa rápido, como o sopro do vento.
Às vezes suave como se a brisa nos beijasse, outras vezes de rajada, como se o mundo estivesse prestes a terminar, mas rápido.
É surpreendente como tudo consegue passar de tão intenso para tão sereno a cada instante, como se um botão existisse e tudo fosse tão simples.
E corremos como loucos á procura de um equilibrio imaginário, que a cada dia se torna mais eclético.
E levemente me solto, desapego de regresso ás raízes onde me prendo e amarro com toda a força em que acredito ser, onde a brisa acaricia e a tempestade apenas me beija.
Rosa do vale do rio
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