Tens de te acreditar
Onde estavas quando olhei nos teus olhos?
Onde estavas tu quando te gritei meus silêncios?
Não podias ser tu.
E quando o coração palpitou em todo o meu ser, onde estavas, quando meu olhar se enterrou, escavou minhas entranhas.
Olhei-te nos olhos. Chamei o mar do teu olhar, o mar revolto de vida, que me ensinaste a ser.
Não vieste.
Mas teu sopro de lucidez que embriaga de maresia, salgou meu rosto, esbofeteou a razão e levou-me a ao fundo de mim.
Ajoelhei meu olhar perante o teu, e a tua música ecoou dentro de mim, meus olhos oceanos teus e juntos hasteámos a dança de nós.
Rosa do Vale do Rio
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