Fecha os olhos por um momento. Agora, deixa teus olhos cair a teus pés. Vê como são fortes a raízes que te prendem ao chão. Lentamente, deixa o teu olhar percorrer o teu tronco. e faz uma pausa por aí. Vê como seria bom repousar nele, na sombra que ele conserva. Os ramos, quais braços que equilibram, abrigam, protegem, aninham. Agora, levanta o olhar. Vê como tuas folhas cintilam e brilham com o vento e a luz, e a luz e o vento, num bailar ritmado, inesperado, quase inconsequente. Ah! Quantos ventos e tempestades e sóis? E tu? Sempre de pé! Sabes, quando te abracei ao partir, eu trouxe um pouco de ti comigo. Tu, que danças ao ritmo das tempestades, a inspiradora coragem de resistir, essa, que plantaste em mim. Assim, humildemente, crescendo a teu lado, tu olhando o sol, e eu olhando-te a ti, sigo a teu ritmo. E sigo as tuas ondulações. Vê o quão verde tu és. Não, Não te irão derrubar! Porque tu irás dançar, baloiçar, ondular teus ramos, alguns poderão quebrar, mas as...