Nada

E assim passaste mais um dia,
com a âncora no passado
e a mente perdida no vazio do depois.
Por dentro, os espinhos que engoles e te rasgam a alma,
deixam escorrer nas palavras o sangue do ser magoado,
Se ao menos cada pestanejar teu,
te transportasse para o teu lúcido agora,
dos teus olhos não escorreriam essas lágrimas sem sal.
Se a cada abrir de olhos pudesses ver o instante,
tão sóbrio, tão ténue, tão delicado.

Rosa do Vale do Rio

Comentários

Anónimo disse…
Voltaste a escrever que bom :) faz sempre bem à alma.
Beijinhos
Susana

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